9º Congresso tem talkshow com equipe de transição e discute desafios e desigualdades no Tribunal

A tarde do segundo dia do 9º Congresso de Auditores do Tribunal de Contas da União (TCU), que aconteceu nesta terça-feira (22) foi marcado por discussões de grande relevância para a carreira dos servidores e o futuro do Tribunal. A tarde começou com um talk show conduzido por Alessandro Laranja, chefe de gabinete da Corregedoria-Geral do TCU, e Emanoel Moreira, membro da Comissão de Transição. O evento trouxe esclarecimentos sobre o plano de carreira, diretrizes para as regionais e a transição da atual gestão para a nova, que será presidida pelo ministro Vital do Rêgo.

Alessandro Laranja destacou a importância de um processo de transição fluido e o papel dos servidores nesse momento: “O nosso grande desafio é trazer essas questões que estão em pauta para mudar a realidade no dia a dia.”

Emanoel Moreira reforçou a visão do ministro Vital do Rêgo, que foca no atendimento ao cidadão e na transparência das entregas: “Uma das grandes diretrizes do ministro é o foco no cidadão, seja ele destinatário dos nossos serviços ou agente ativo do Controle Externo.”

A tarde seguiu com a palestra do auditor Clemens Soares, que abordou as desigualdades no TCU e os desafios relacionados à diversidade. Clemens fez provocações importantes, destacando a discriminação racial e as diferenças de gênero. Ele criticou a falta de representatividade racial nas funções comissionadas do TCU: “Das 224 funções, apenas quatro são ocupadas por pessoas negras. A cara do Tribunal não é a cara do Brasil.” Sua fala impactante terminou com um apelo pela justiça social: “Quem está empanzinado de privilégio não sente fome de justiça social, e eu vou lhes dizer: estou faminto”.

Para encerrar o dia, o advogado Gustavo Costa Couto, do escritório Costa Couto, responsável pelas ações jurídicas da Auditar, trouxe atualizações sobre ações em andamento. Ele abordou questões como a parcela compensatória, vitórias na ação contra o recesso do TCU e matérias previdenciárias no STF, além do direito de inscrição na OAB para auditores. Gustavo ressaltou a relevância do trabalho jurídico em favor dos associados da Auditar, com mais de 350 atendimentos e 90 processos e procedimentos em andamento.

Wederson Moreira, diretor jurídico da Auditar, abriu o painel com uma homenagem ao advogado Juliano Costa Couto, que faleceu este ano em decorrência de um câncer.