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Refinarias operam no limite e têm acidentesAgência Nacional do Petróleo em alerta em razão de sucessivos acidentes nas refinarias da Petrobrás.Marta Nogueira e Alessandra Saraiva | Valor Econômico
06 de janeiro de 2014 às 17:34
Os sucessivos recordes de refino da Petrobras, com unidades utilizando até 99% da capacidade, ampliaram a possibilidade de acidentes e dispararam um sinal de alerta na Agência Nacional do Petróleo (ANP). No fim de semana, a Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio, sofreu um incêndio. No fim do ano, em menos de um mês, quatro outras refinarias registraram acidentes. O caso de maior destaque foi o da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária (PR), que pegou fogo e ficou paralisada por duas semanas.
A Reduc processa 240 mil barris de óleo por dia, cerca de 10% da capacidade de refino do país. A Petrobras ainda não concluiu a investigação sobre as causas do acidente e não tem previsão para a retomada da unidade de coque. O Sindicato dos Petroleiros (Sindpetro) de Duque de Caxias aponta que a estatal elevou em 20% a operação na unidade desde agosto, o que levou à sobrecarga de equipamentos e incidentes como o incêndio.
A ANP multou a Refinaria de Paulínia (Replan), em São Paulo, a maior do país, por operar acima da capacidade autorizada. A multa, de R$ 151,5 mil, é simbólica, mas sinaliza maior rigidez da agência, que deve publicar neste mês resolução com normas mais rígidas para a manutenção nas refinarias. A Petrobras prevê investir, entre 2013 e 2017, 51% dos US$ 64,8 bilhões previstos para a área de abastecimento na ampliação do parque de refino.
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