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'Parou sim' ou não parou?Após dizer que obras pararam, ministro fala que não haverá atrasos. Rodrigues voltou atrás e negou que tenha falado em obras paralisadas. 'Não tem obra parada nenhuma. Vocês estão levando para outro lado', diz.Darlan Alvarenga e Fábio Amato G1
29 de abril de 2015 às 14:30
Após dizer mais cedo que obras foram interrompidas no país, sem previsão de retomada, o ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, voltou atrás e negou que tenha falado em obras paralisadas. "Não tem obra parada nenhuma. Vocês estão levando para outro lado. As obras estão todas em andamento e nós vamos ter recursos até o final de maio e vamos dar continuidade a todas as obras sim. Só que eu vou ter obras prioritárias”, disse o ministro a jornalistas, sem informar quais seriam essas obras prioritárias. saiba mais
Mais cedo, durante participação na Comissão de Infraestrutura do Senado, o ministro afirmou que obras foram interrompidas em meio ao impacto do ajuste fiscal promovido pelo governo, a demora na aprovação do Orçamento Geral da União de 2015 e consequências da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, em que várias empreiteiras se viram obrigadas a entrar em recuperação judicial. 'Parou, sim!' O ministro relatou ainda que tem recebido ligações e visitas de empreiteiros cobrando os pagamentos e ameaçando paralisar empreendimentos. Segundo ele, os recursos disponibilizados são insuficientes para quitar todos os compromissos. "Assusta receber um telefonema falando: "Ou você me paga hoje – e eu não tenho – ou vai parar a obra tal", disse aos senadores. "Os telefonemas que eu recebo e as visitas que eu estou recebendo nesse período de quatro meses...é apenas reclamação por falta de dinheiro e a falta de estabilidade que estamos tendo, não sabendo o que vou ter pela frente", acrescentou. 'Não vai atrasar' Segundo o ministro, as obras terão seus cronogramas “adequados” e isso não acaretará em atraso. “Não vai atrasar, eu vou adequar um cronograma novo. Vocês estão pondo o atrasar na minha boca. Eu vou adequar”, completou ele. Entre as obras paralisadas, segundo a Agência Senado, estão as da rodovia BR-153 no trecho entre Anápolis (GO) e Aliança do Tocantins (TO). Envolvida na Lava Jato, a construtora Galvão Engenharia ainda não teve acesso a um empréstimo inicial do BNDES, de cerca de de R$ 400 milhões, e chegou a demitir aproximadamente 400 trabalhadores. Na audiência, ministro disse esperar que sejam liberados R$ 13,6 bilhões para dar continuidade aos projetos, sendo R$ 5,8 bilhões para manutenção, R$ 3,9 bilhões para construção, R$ 2,2 bilhões para o ferroviário, R$ 100 milhões para o aquaviário e R$ 1,6 bilhão para os outros, que são concessões, estudos, projetos em rodovias. Leia mais em: |