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'Vem pra Rua' cogita impeachmentEmpresário que lidera o movimento 'Vem pra Rua' põe em dúvida os acordos de leniência via TCU e papel da presidente no caso. O 'Vem pra Rua' passa a ver impeachment de Dilma como factível.Gabriel Manzano | O ESTADO DE SÃO PAULO
30 de março de 2015 às 08:50
SÃO PAULO - O empresário Rogério Chequer, um dos líderes do “Vem pra Rua”, disse ontem que há “um clamor muito alto” das bases do movimento para que um eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff seja admitido, dentro do grupo, como uma possibilidade concreta entre suas metas e palavras de ordem. “Não é um clamor pelo impeachment em si. E, de novo, lembramos a precondição de que tem de ser tudo dentro da lei”, afirmou. “Mas o fato é que começamos a perceber várias iniciativas que trazem motivos novos, argumentações de que a presidente poderia estar sujeita a uma ação por crime comum”, afirmou ele ao Estado. Disse também que hoje ou amanhã o movimento vai “oficializar” essa posição no documento sobre temas que defenderá na próxima manifestação, dia 12 de abril.
Chequer ressalta que não é advogado e que não tem “competência nem a função” para entrar no mérito jurídico do problema e que o impeachment não é a “causa central” do movimento. Mas admite ter ouvido muitas análises de estudiosos que consideram a instrução 74 da Advocacia Geral da União (AGU) – que trata das condições para os acordos de leniência – uma invasão do Executivo sobre áreas de competência do Judiciário.
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