O senador Paulo Paim admitiu nesta quinta-feira que tem sido abordado por líderes partidários para uma possível saída do PT. Paim vem perdendo espaço no partido desde as eleições passadas, quando foi proibido pelo diretório estadual de aparecer na campanha.
— Isso me causou surpresa. Eu era o único que não podia falar. Baixaram uma norma de que só falariam na TV e nos palanques os candidatos e o presidente do partido. Essa decisão me atingiu diretamente — lembra o caxiense.
O petista diz que a hipótese de sair do partido existe:
— Há conversas. Tem pessoas achando que o PDT seria um possibilidade, o PTB, o PSB, até mesmo o PMDB. Mas, por enquanto, não há nada de concreto.
Nas últimas semanas, o senador tem sido um dos mais combativos às medidas de ajuste propostas pela presidente Dilma Rousseff, principalmente as que envolvem os direitos dos trabalhadores. Outro fator que pode influenciar na decisão de Paim é a possibilidade de o PT não querer que ele concorra à reeleição em 2018, quando serão disputadas duas cadeiras da bancada gaúcha.
— Em nenhum momento me disseram se vou ou concorrer ou não. O partido está em um momento difícil, é preciso reflexão, diálogo. O PT e o Brasil precisam entrar nos trilhos.
Oriundo do movimento sindical, Paulo Paim é filiado ao PT desde 1985 e exerceu quatro mandatos como deputado federal antes de ser eleito para o Senado, onde está desde 2003.
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