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US$ 300 mil para eleger Dilma

Pedro Barusco diz na CPI da Petrobras que providenciou US$ 300 mil para campanha de Dilma. Dinheiro teve origem na empresa holandesa SBM e foi repassado para João Vaccari Neto, tesoureiro do PT.
Aguirre Talento, Gabriel Mascarenhas e Márcio Falcão | FOLHA DE SÃO PAULO
10 de março de 2015 às 18:59

No primeiro depoimento da CPI da Petrobras na Câmara, o ex-gerente da estatal Pedro Barusco, que admite o recebimento de propinas e a divisão delas com o PT, detalhou seu relacionamento com o tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, citando jantares em hotéis e contatos por mensagens telefônicas.


Disse que recebeu um pedido de reforço financeiro de Vaccari e que, por isso, providenciou o repasse de US$ 300 mil para a campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010.


Sobre o reforço à campanha de Dilma, afirmou: "Em 2010 foi solicitado à [empresa holandesa] SBM um patrocínio de campanha, mas não foi dado por eles diretamente. Eu recebi o dinheiro e repassei (...) para o João Vaccari Neto". A informação já havia sido citada por Barusco em sua delação premiada.


Pedro Barusco depõe na CPI da Petrobras


Os detalhes do relacionamento com o tesoureiro, caso confirmados com registros como câmeras internas dos hotéis e dados telefônicos, podem comprovar pela primeira vez a proximidade entre Barusco e Vaccari.


Repetindo informações já dadas em sua delação premiada ao Ministério Público Federal, Barusco reafirmou nesta terça-feira (10) que havia um acordo para que um percentual dos contratos firmados na diretoria de Serviços, na qual atuava, fosse destinado ao PT, e que o responsável pelo recebimento era Vaccari.


Esse percentual era uma propina paga por um cartel de empresas a funcionários da Petrobras, que era repassada em parte a legendas aliadas, de acordo com as investigações da Operação Lava Jato.


Barusco, porém, disse que só conversava com ele sobre a divisão da propina e não sabia a destinação que seria dada ao dinheiro. "Isso cabia ao João Vaccari gerenciar. Ele que era responsável. Não sei como ele recebia, para quem ele distribuía, se era oficial, extra-oficial. Cabia a ele naquele percentual uma parte".


(...)


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http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/03/1600838-barusco-diz-que-jantava-em-hoteis-e-mandava-torpedos-para-vaccari-neto.shtml

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