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Renan nega envolvimento com doleiroContadora diz que Youssef negociou R$ 25 mi com Renan. Meire Poza prestou depoimento nesta quarta à CPI mista da Petrobras. Segundo ela, presidente do Senado se reuniu com doleiro preso pela PF. Renan nega ser 'a ponta do PMDB'.Priscilla Mendes | G1
08 de outubro de 2014 às 15:56
Em depoimento à CPI mista da Petrobras nesta quarta-feira (8), a contadora Meire Poza, que trabalhou para Alberto Youssef, afirmou que o doleiro negociou com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), uma operação financeira de R$ 25 milhões envolvendo o fundo de pensão dos Correios, o Postalis. Preso pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, Youssef é suspeito de ser um dos chefes de um esquema de lavagem de dinheiro e pagamento de propina que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões. Ao G1, a assessoria de imprensa de Renan Calheiros negou que o parlamentar do PMDB tenha feito lobby junto ao fundo de pensão para beneficiar a empresa do doleiro. Segundo assessores, “o senador não conhece e nunca ouviu falar em Youssef antes do nome dele "aparecer nos jornais”. O doleiro, segundo a contadora, entrou em contato com o presidente do Senado para acertar a compra pelo Postalis de R$ 25 milhões em debêntures emitidos pela empresa de turismo Marsans, da qual Yousseff era sócio. Outros R$ 25 milhões, ainda conforme Meire Poza, teriam sido negociados com o PT e com o fundo de pensão da Caixa Econômica Federal, a Funcef. Em março, explicou Meire, o doleiro preso pela Operação Lava Jato relatou a ela que a negociação com o PT já estaria fechada. Na ocasião, Youssef viajou a Brasília para acertar a “ponta do PMDB” com o presidente do Senado, relatou a contadora na CPI mista. “Ele [Youssef] havia já resolvido com o PT na Postalis e precisava resolver ainda a ponta do PMDB. Então, ele disse que teria vindo para Brasília para conversar com o senador Renan Calheiros, para acertar essa ponta que era o PMDB. Então, naquela sexta ele falou: até o final do mês, a operação com a Postalis vai sair, que era metade da debênture, eram R$ 25 milhões. Ainda teriam mais 25 milhões que seriam aportados pela Funcef”, afirmou Poza aos congressistas. Leia mais em: |