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TCDF apura rombo legado por AgneloSituação do Distrito Federal é grave e preocupa, diz Tribunal de Contas do DF. 'Estou há 40 anos em Brasília e, até hoje, não me recordo de uma situação tão grave', afirmou o presidente do TCDF.Aline Leal - Repórter da Agência Brasil | Edição: Denise Griesinger
10 de janeiro de 2015 às 09:46
Até o final deste mês, o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) deverá saber se houve irregularidades com os gastos do Distrito Federal que resultaram no atraso dos pagamentos de servidores.
Segundo Rainha, o dispositivo citado torna ilegal o ato de um governo deixar despesas para a próxima gestão sem as devidas receitas para o pagamento. Ele disse que auditores do tribunal estão fazendo uma análise rigorosa para saber se houve ilegalidades. "E, se houve, vai apontar os responsáveis e fazer a devida punição”, afirmou. Na manhã de hoje (9) os servidores da saúde decidiram entrar em greve e os da educação fizeram um protesto em frente ao Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal (GDF). Para regularizar os pagamentos, o governador Rodrigo Rollemberg chegou a pedir ao Ministério da Fazenda o adiantamento da parcela de fevereiro do Fundo Constitucional, enviado mensalmente pela União para cobrir despesas de segurança e auxiliar na saúde e na educação do GDF, mas o pedido foi recusado. “Existe uma grande preocupação, porque estamos vendo, a todo momento, atraso no pagamento de servidores e no pagamento de terceirizados – vários fornecedores procuraram o tribunal dizendo que prestaram serviço, realizaram obras e não receberam”, relatou Rainha. O presidente do Tribunal de Contas disse que nunca viu o GDF em uma situação como esta. “Estou há 40 anos em Brasília e, até hoje, não me recordo de uma situação tão grave do ponto de vista de gestão pública e de questão orçamentária e financeira como estamos vivendo agora”. O ex-governador Agnelo Queiroz tem até o próximo dia 31 para apresentar as contas de 2014 e até março para divulgar os números dos quatro anos de sua gestão. As contas devem ser analisadas pelo TCDF até julho. Segundo o tribunal, o governo do Distrito Federal deixou um rombo de R$ 1,2 bilhão de 2013 para 2014. Entre 2014 e 2015, diz a equipe de Rollemberg, o déficit é superior a R$ 3,5 bilhões. Leia mais em: Entenda melhor o caso: |